sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

-A Deusa Estelar (ou Deusa Tripla) da Bruxaria

Artigo (escrito cerca de 1958): A Deusa das Bruxas
Autor: Gerald Brosseau Gardner


Neste pequeno ensaio, eu pretendo apresentar ao leitor um pouco da teologia da Bruxaria. Eu estou fazendo isto por duas razões fundamentais. A primeira é que existem pessoas completamente inconscientes que a Bruxaria é uma religião; elas olham-na como algo vago que pretende lançar areia aos olhos. A segunda é tentar ajudar essas pessoas, que como eu têm uma grande simpatia pela Arte, a compreendê-la um pouco mais. Eu tenho de confessar, enfaticamente, que eu não sou um grande perito em teologia da Bruxaria. Eu sou um bruxo praticante que despendeu muito tempo a tentar entender as implicações mais profundas da sua religião. Uma religião que adora uma Deusa e que, desde há muito, proclamou os seus princípios de fertilidade pelos quatro cantos do globo. 

O nome pelo o qual eu adoro a Deusa estou proibido de revelar. Ela é bastante conhecida pelos estudantes de mitologia e folclore por uma grande variedade de nomes. Isto coloca desde o inicio alguns problemas, em saber como é que várias Deusas mitológicas pagãs podem ser uma e a mesma pessoa? Eu sinto que a resposta pode ser encontrada a partir de uma declaração de Voltaire, "que o homem criou Deus à sua própria imagem". Uma declaração que poucas pessoas que eu encontrei parecem ser capazes de entenderem.   

Claro que os homens têm que ver os seus Deuses e suas Deusas como suas próprias criações, desde que limitem a sua visão às suas ideias físicas de uma deidade particular. Uma vez uma pessoa comece a criar, ao invés de interpretar, a mente de uma deidade, então começa a sair fora dos limites. Uma representação física é apenas um símile mental para permitir uma compreensão mais fácil de algo mais complexo. Assim poderia ser dito que não há tal coisa como um Deus ou Deusa mitológica. Por exemplo, Afrodite realmente existiu porque há uma sua escultura romana muita boa no Museu Nacional de Nápoles, ela foi também descrita num mural em Pompeia e foi representada artisticamente em muitos lugares e em muitas épocas. Tais representações não são imagens artísticas de algo que nunca existiu, elas são expressões físicas de algo muito real, mas algo que teve de ser criado, pelo menos fisicamente, aos olhos do observador.   


Muitos destes tipos de arte mostram um aspecto triplo do Deus ou Deusa que eles representam. Um exemplo muito bom é a escultura tricéfala de Cernunnos no Beaune Museum
. Tripla, dual e com vários aspectos combinados de outras deidades foram realmente conhecidos por muito tempo na literatura, arte e pelos estudantes de religiões comparativas. Existia, e existem, muitos tricéfalos, muito deles são mais antigos que a representação Cristã de Deus Pai, Filho e Espirito Santo. 
Algumas destas trindades são compostas de três deidades separadas numa trina adoração. Um exemplo desses é a tríade de Brahma, Vishnu e Shiva, respectivamente o criador, preservador e (de acordo com algumas autoridades) o destruidor da vida e da matéria. Eu sinto que a palavra "transformador" seria mais adequada do que a de destruidor. 


Todo o tipo de interpretações podem ser, e têm sido, postas em relação com várias trindades de diferentes religiões. Estes argumentos dão matéria bastante para muitas páginas de debate provavelmente insensato. Tudo aquilo com que eu estou preocupado aqui é com o aspecto triplo da Deusa das Bruxas, e para mim as minhas visões estão absolutamente corretas  Eu não pretendo que elas sejam igualmente corretas para outras pessoas. Haveria algo de errado se assim fosse. Eu pretendo simplesmente fazer as pessoas pensarem, se possível construtivamente, e ao mesmo tempo talvez ajude aqueles que não conhecem a Deusa a entenderem um pouco a sua natureza. 


A tríade da Deusa à qual eu me refiro pode ser simplificada pelas palavras AMOR: MORTE: RENASCIMENTO. Note que o ciclo começa com amor, e não com nascimento. Começar um tal ciclo trinitário com o nascimento é inútil, já que a ideia completa terminaria com a morte, que existe praticamente em todas religiões, especialmente na Bruxaria, onde a reencarnação é uma doutrina básica.  


Consideremos em primeiro lugar cada um dos três aspectos da Deusa separadamente e comecemos pelo amor. A palavra amor teve uma longa e labiríntica carreira filológica, e normalmente termina significando o que a pessoa quiser que ela signifique. Como isto é importante eu tentarei explicar a palavra no contexto que eu estou usando. Para mim o amor da Deusa não é definitivamente o amor romântico dos poetas, o pranto e a ânsia dum amor sempre insatisfeito. O aspecto amor da Deusa é vivo, arrebatado e gratificante. Deve ser assim para qualquer pessoa que compreenda o que o verdadeiro conceito de fertilidade significou para os seus seguidores no passado. Quando as pessoas eram poucas e havia uma taxa elevada de mortalidade, a reprodução era a necessidade mais urgente. O amor da Deusa encorajou isso. Eu penso que isto está bem resumido nas palavras de Robert Herrick no seu poema, "Corinna's Going - A - Maying":


"Com mil virgens neste dia/  Pule mais cedo que a cotovia para as ir buscar em Maio". [1]

E novamente: 


"E peca-se menos como nós estivemos fazendo, Minha Corinna, vem vamos dançar o Maio". [2]


As últimas duas linhas da citação também ajudam a enfatizar um outro ponto importante do amor da Deusa, que está além da mortalidade. Para o leitor, que seja hábil a doutrinar, eu sinto que deveria realçar que esta é uma declaração simples com um significado simples. 
A parte seguinte do aspecto triplo é a morte. Uma vez seja superada em pensamento a rejeição natural da morte será notório a qualquer pessoa que segue os caminhos da Bruxaria, que ela é uma parte necessária do ciclo. Para renascer você tem de morrer, ao morrer você pode renascer.  


O aspecto morte da Deusa provavelmente é o mais amplamente conhecido, mas também o mais usualmente mal interpretado. É o aspecto Anciã, o modelo da velha megera apoiada num cabo de vassoura, usada durante gerações e gerações para assustar as crianças, junto com os espantalhos. Mas a sua verdadeira imagem não nos está assustando, pelo contrário, está-nos confortando. Na verdade, os retratos físicos dão-nos pouca consolação, como ilustram a anciã e a poderosa e invencível Deusa da morte súbita, a grega Arthemis. Mas como pode tal imagem ser representada? 



Arthemis

O significado importante a reter é que na morte nós regressamos à Deusa para repouso e regeneração (do tipo espiritual), antes de começar a nossa próxima jornada. Se em vez de uma velha decrépita nós imaginássemos uma mulher velha e sábia, ela própria além da morte e do tempo, sempre pronta a tomar o que devemos doar, eu penso que a ideia seria um pouco mais simples. Sem irmos à Deusa da morte, nós nunca alcançaremos a Deusa da vida.   


A parte final da tríade é o renascimento. Este é talvez o elemento mais fácil de compreender já que é a Grande Mãe Universal que é aqui referida. Muitas pessoas reconhecem a Sua presença, de forma um pouco secundária, sob a designação de Mãe Natureza. Ela é o ideal de fertilidade em todas as coisas, nos homens, nos animais e nas colheitas. Ela foi adorada desde os tempos mais recuados. Uma das melhores e, para mim, uma das Suas mais belas representações vem do período Aurignaciano da era Paleolítica. Trata-se simplesmente de uma estatueta de fêmea de pequenas proporções, com os detalhes da sua nudez descurados. O artista porém fez as proporções dos peitos, barriga e quadris imensamente exageradas, sugestivo de uma mulher numa fase avançada de gravidez.   


De um mais recente período é a estátua de Arthemis de Efésios. Aqui a Deusa está da cintura para cima desnuda, e de proporções normais, excepto que Ela é retratada com numerosos peitos no tórax. Também é importante notar que o Seu vestido, ombros e barrete tem figuras minúsculas que precisam da Sua fecundidade para existirem. 
Ela é a Mãe Poderosa, a portadora de toda a fecundidade que era antigamente evocada pelas flores dos campos e pela própria vida. Sem Ela nada havia. Os Seus desejos deveriam ser respeitados, e a Sua adoração nunca esquecida. É através do crescimento de tal adoração da Mãe que a religião matriarcal da Bruxaria se desenvolveu.   


Agora que a tríade da Deusa foi dissecada, alguns estarão desejosos de saber como são elas conectadas a um ser místico, a Deusa? Esta é novamente uma questão para a mente individual questionar. Ajudará saber, porém, se eu me referir ao velho costume da matança do Rei Divino. Havia o hábito de matar os Reis de um povo para apaziguar a Deusa e assegurar a fertilidade e a paz entre os seus seguidores. Isto pode parecer um exemplo bastante peculiar para representar a Deusa como una em todos os seus aspectos, até que seja examinada de mais perto. Os Reis reinaram durante vários tempos, por vezes um ano, ou sete anos, ou até que o próximo Rei o derrotasse e o matasse. Como J.G. Frazer mostra os costumes variam ligeiramente de lugar para lugar. 

Quase sem excepção o Rei desfrutava durante todo o seu período de vida dos prazeres físicos da Rainha que frequentemente era também a Alta Sacerdotisa. Isto acontecia mesmo quando eram usados substitutos dos reis, para salvar o verdadeiro Rei; mesmo assim os favores da Rainha eram concedidos. Assim, o Rei formou uma união simbólica com a Rainha que era a representante vivente da Deusa do amor. Depois deste ato o Rei era enviado para os braços da Negra Annis, a Deusa da morte, para ser renascido novamente pela Grande Mãe, a Deusa da vida. Ao mesmo tempo, o próprio Rei também tomava parte no ritual da fertilidade sendo sacrificado para beneficio das colheitas, gado e das crianças. 
Eu espero ter explicado, até certo ponto, a Deusa da Bruxaria. Nem sempre se pode explicar tudo e o melhor lugar para procurar a Deusa está na sua própria mente. 


" Escutais as palavras da Deusa Estrela. Ela, que na poeira de seus pés traz as hostes do Céu e cujo corpo circunda o Universo ". 


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[1] "Whereas a thousand virgins on this day / Spring sooner than the lark to fetch in May". 
[2] "And sin no more as we have done by staying, / But, my Corinna, come let's go a Maying."

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A Deusa Estelar


Livro: Witchcraft: a Mystery Tradition
Autor: Raven Grimassi


"Atente para as palavras da Deusa Estelar, o pó de cujos pés abrigam-se o Sol, a Lua, as estrelas, os anjos, e cujo corpo envolve o universo..."

Desde tempos antigos nossos ancestrais identificaram as estrelas com sees divinos. Uma das primeiras indicações disso é a antiga associação de deidades mediterrâneas/egéias com várias constelações. Nós encontramos na mitologia celta uma deusa conhecida como Sirona, cujo nome significa estrela divina. Seu culto esteve uma vez espalhado da Hungria à Bretanha. Na iconografia ela é reprsentada usando uma coroa, e com um cão a seus pés. Sirona também carrega três ovos e uma serpente enroscada em seu braço.

O autor R. J. Stewart (Celtic Gods, Celtic Goddesses, Blanford, 1990) aponta que várias deidades celtas estavam associadas com as constelações. Stewart também nota que muitos deuses e deusas associados com a Natureza nas lendas celtas eram "versões locais de figuras cósmicas ou estelares". Ele também menciona que as estrelas das Plêiades estavam relacionadas a deusas, mas ele não as nomeia. De qualquer forma, muito cedo na história nós encontramos a presença de uma singular Deusa Estelar, ela que usa as estrelas como um véu ou veste.

Na religião romana arcaica nós encontramos um mito associado com a deusa Vesta, o qual a descreve como pura chama brilhando na escuridão do espaço. Aqui está a pura e informe presença da divindade, a qual está ainda por personificar pela humanidade. Esse conceito é único à Deusa Estelar, que está além de definições e ainda contém tudo o que é definível.

Na Tradição dos Mistérios da Bruxaria há diversas conexões de deidades com as estrelas e com várias constelações. Um exemplo é a Deusa celta chamada Arianrhod, cujo nome significa "roda de prata". Enquanto isso indica uma conexão com a Lua, o título "caer Arianrhod" (castelo de Arianrhod) é um nome popular galês para a constelação da Coroa Boreal. Aqui nós vemos uma conexão estelar interessante com as estrelas circumpolares que nunca se põe (da tradição galesa). O grupo de estrelas que nós chamamos a "Via Láctea" [o leite de Hera ao amamentar Hércules escorreu pelo céu] hoje era conhecido pelos antigos celtas como Arianrhod, a Via de Prata.

Há uma grande desavença entre várias fontes sobre quantas estrelas compreende a constelação de Coroa Boreal. O antigo comentarista Eratóstenes referiu a nove estrelas. Higino e Ptolomeu falaram de sete estrelas, e Hiparco conta cinco estrelas. Muitos textos modernos representam a constelação com sete estrelas, e outros com nove estrelas. 
A última aparece no livro Star Myths of the Greeks and Romans: a Source Book, de Theony Condos (Phanes Press, 1997). De acordo com Condos, a constelação atualmente aparece com nove estrelas dispostas em um círculo. Da perspectiva da Tradição de Mistérios da Bruxaria, pode-se ver essas estrelas brilhantes como nove pérolas circundando a boca aberta de um caldeirão.


Mike Harris, em seu livro Awen: A Busca pleos Mistérios Celtas (Sun Chalice, 1999), refere aos "até o momento "portões fechados" onde Ariadne, a galesa Arianrhod, monta guarda sobre o que nós denominamos 'os Mistérios Celtas' ou mias propriamente os Mistérios Bretões." Na mitologia mediterrânea/egéia Ariadne está intimamente ligada ao labirinto, o qual é um conceito mais complexo da primitiva imagem espiral. É interessante notar que ambas, Arianrhod e Ariadne, eram associadas a Deuses Chifrudos, um tema importante na Tradição de Mistérios da Bruxaria. Isso será mais explorado nos capítulos 6 e 7 [este é o 4]. 

O Deus Cornífero de Creta (possivelmente, 
Tauros - o Touro do Labirinto - ou Dionísio).

Na mitologia egéia/mediterrânea, a Coroa Boreal é a coroa de Ariadne colocada nos céus por Dionisos. A coroa mesma foi feita pelo ferreiro mágico Hefestos, que a fez de ouro coberto com gemas faiscantes. Tão brilhante era a coroa que ela tinha luz própria, que permitia aos indivíduos encontrar o caminho através do labirinto escuro associado com Ariadne.
Nós encontramos um vislumbre dos mistérios associados a Arianrhod e à Coroa Boreal em um dos relatos de Taliésin, um bardo celta do século seis, de grande notoriedade. No seu poema sobre as "origens" ele escreve que nasceu três vezes, e foi mantido no castelo de Arianrhod um total de três vezes. No caso da última, Taliésin está claramente indicando as estrelas no céu noturno. Aqui nós vemos o princípio básico da reencarnação ainda vivo na cultura celta durante a era cristã primitiva.


Deus Dionisos e a Deusa (Demeter) 

Caitlin Matthews, em seu livro Mabon and the Guardians of Celtic Britain (Inner Traditions, 2002), mostra Taliésincomo consorte de Arianrhod em seu aspecto de Rainha do Outro Mundo. Matthews também refere-se à iniciação de Taliésin nos Mistérios pelas mãos de Cérridwen. O último tema aparece em diversos contos, os quais mostram Taliésin viajando à ilha secreta de Cerridwen para ser iniciado. Muitos comentaristas acreditam que essa ilha mais tarde tenha servido de protótipo para a Ilha de Avalon na lenda arturiana. Os reinos ocultos da luz estelar e do luar continuam a ser temas intimamente associados à Tradição dos Mistérios da Bruxaria, como veremos nos capítulos seguintes.

Um interessante elemento relacionado à Deusa Estelar (e à Deusa da Lua) pode ser encontrado no que chamamos de "Postura Estelar". Esta é uma posição usada no "Drawing Down the Moon" [Puxar Para Baixo a Lua], o qual é uma técnica para interagir com os Deuses e permitir que o corpo físico seja usado como um oráculo. A imagem clássica é uma Suma Sacerdotisa ficando na posição enquanto usa uma coroa ou diadema que apresenta ou uma Lua Crescente ou uma Lua Cheia flanqueada por uma Lua Crescente e uma Lua Minguante [uma Triluna].

A postura estelar representa a expansiva e toda-abrangente Deusa Estelar difundindo-se pelo céu noturno. A coroa ou diadema representa o foco ou aspecto delimitado da Deusa Lunar entre as estrelas. O símbolo da Lua situa-se sobre a testa da Suma Sacerdotisa, significando a consciência dela fundindo-se com a Deusa através do "terceiro olho" ou Centro Psíquico. A posição da Deusa Estelar representa também a Grande Deusa que governa os três mundos ou três reinos. Os braços estendidos sobre o Mundo Superior [Overworld], o tronco do seu corpo é a Terra Média [Middleworld], e suas pernas estendem-se ao Mundo Inferior [Underworld]. Então a posição da Deusa Estelar conecta todos os três mundos. A Lua então se torna a interface para a Suma Sacerdotisa que canaliza a consciência lunar através de seu corpo, mente, e espírito.

É essa conexão oracular que requer uma fusão com as forças da Lua, porque as Bruxas sempre derivam seu poder e regeneração das forças da Lua [É mais do que usar o idã aqui - ou, como se chama na Bruxaria, a Serpente Lunar. É permitir, além de entrar pelo idã, que a luz do luar entre pelo sushumna, pelo tronco central da coluna vertebral - ou, para usar o termo da Bruxaria, da Árvore da Lua. Isso, na forma de um fluido que parece esmalte perolado. E parece também um fogo branco que não queima.]. Em um sentido mágico a Lua Cheia atrai a energia das influências planetárias e as focaliza como uma lente. O Sol pega as influências estelares, que são modificadas pelos planetas e então absorvidas e emanadas pela Lua. Como a Lua é o corpo espacial mais perto da Terra, ela se torna um funil dentro do nosso sistema solar.

Poderes oraculares são atribuídos à Lua, a Deusa Lunar, e Bruxas desde os tempos antigos. De fato, a palavra latina Saga, que significa uma leitora de sorte, era uma das antigas palavras usadas para denotar uma Bruxa. A Deusa da Lua que governa o Underworld, o qual tem sido longamente associado com uma natureza oracular, dá o poder de divinação à Bruxa [claro, cê enche o chakra de energia da Lua, ele abre e você vê coisas e adivinha. Normal.] Como notado antes, as almas dos mortos iam morar na Lua, e em tempos antigos acreditava-se que os mortos possuíam conhecimento do futuro. Assim como a Lua repartia sua luz com a noite, a Deusa Lunar repartia sua visão mística àqueles que se reuniam sob a Lua Cheia para venerá-la.

Em antigos escritos de Homero, e em lendas celtas escritas em tempos tardios, nós encontramos que as estrelas podem ser vistas como o Underworld, assim como a Lua [acho que o nome da Bruxaria Italiana pra isso é Áster. Acho que o Grimassi menciona isso em Hereditary Witchcraft.] Todavia estas não são as mesmas estrelas e Lua do Middleworld. Elas pertencem a um reino misterioso governado por uma deusa misteriosa. Mas quem é essa deidade e o que nós sabemos sobre ela?”


[Então ele começa a falar da The Underworld Goddess, mas eu vou parar por aqui.]