sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

-A Moderna Tradição Anderson Feri

{Descrição da moderna Tradição Anderson Feri, que se originou da família Anderson de Linhagem Huno-picta do antigo Clã Telquino e que, também, reafirma que a Bruxaria teve origem entre o Povo Pequeno ou Povo das Fadas, incluindo os pictos, os maneses, alguns hunos, os ciganos síntios e alguns roma, os rodienses, alguns récios e rasenas ou etruscos, os pelignos, os caucones, e alguns celtas e trácios, enquanto descendentes danaide de Hermes Trismegistos no antigo Império Hitita. Digo isso por que também fui iniciado no clã, então tenho uma noção. Quem redige o breve texto abaixo é o Anthony Brian Spurlock}.


A introdução mais básica para a Tradição Feri deve fornecer a definição (o que ela é, pela mais estrita descrição científica), delineação, (o que quer dizer uma linha separando-a de coisas que ela não é) e linhagem (o que é, em termos de historicidade de seus proponentes primários).


Definição: Feri Tradition (também escrita como Fairy e Faery) é um subconjunto da bruxaria não-Gardneriana de prática cúltica mágico-religiosa, assim como ensinada primariamente através da linha iniciática de Victor H. Anderson (1917-2001), que foi por muito tempo residente em San Leandro, na área da Baía de São Francisco, na Califórnia, EUA. É notável pela sua identificação com os antigos pictos da Caledônia (Escócia moderna), pela sua incorporação de elementos da Mesopotâmia e dos Yazidis, assim como também de Huna [o Xamanismo Kahuna, que não tem nada a ver com os Hunos!], da Polinésia. A designação ‘Feri' ou ‘Faery' não alega ser mais antiga do que dos anos 70, sendo adotada pelo iniciado Gwydion Pendderwen (1946-1982) durante a explosão de escritos neo-pagãos daquela década. Antes daquele tempo, de acordo com o Victor, a tradição era simplesmente chamada de ‘bruxaria' ou ‘Kruthin' (conforme o gaélico ‘Cruthni', pictos). A esposa de Victor, Cora, escreve que antes dos anos 50, existiu também o uso da palavra 'Wiccia', pronunciado como 'Vee-chee-uh'. A grafia 'Feri' foi adotada por Victor como a grafia 'correta' nos anos 80, para se evitar a confusão com vários grupos que estavam usando a palavra 'Fairy' de uma forma ou de outra, mas que não estavam de modo algum conectados com a tradição.





Delineação



Nas últimas duas décadas, vários livros foram publicados (usualmente pela Llewellyn nos Estados Unidos), ocupando-se em descrever algumas formas brandas de magia ou bruxaria identificadas como fairy ou faerie. Quase invariavelmente, estas não estão de forma alguma conectadas à Tradição Feri. Tal alcance de trabalhos, de alguns pastiches escassamente inteligíveis de Edain McCoy, e pelo trabalho feito de retalhos escassamente fundamentado de Kisma Stepanich, ou pelo misticismo sincero de R.J. Stewart (a quem devo mencionar como visitante da casa de Anderson em várias ocasiões). Deve ser lembrado que a tradição Feri é uma tradição da Bruxaria, não particularmente envolvida com o reconstrucionismo céltico (ainda que a Escócia seja prezada por causa dos pictos), nem no que diz respeito a esse assunto com as fadas em si (um ponto que elaborarei abaixo). O famoso gardneriano Raymond Buckland publicou um livro há vários anos atrás, tentando passar um sistema picto da Bruxaria supostamente derivado de um escocês de idade avançada, chamado Aedan Braech. Aquele livro também não está de forma alguma conectado com a tradição Feri.



Deslocando de livros a organizações não associadas com a Feri, duas delas estão no topo da lista das causas para confusão. A primeira destas é uma organização de direitos gays chamada Radical Faeries. Mesmo que seja verdade que existam muitos gays dentre os iniciados Feri, e de todos que conheço, existam alguns que possam ser partidários da RF, mesmo assim não existe nenhuma conexão entre este grupo e a Feri. A segunda organização que se confunde, é uma que é altamente descrita na Internet, uma tradição bruxesca galesa chamada Y Tlwyth Teg (pronuncia-se ‘Uh Thulooith Tehg'), que significa 'A Família das Fadas', que é um nome para as fadas em algumas partes do País de Gales. Novamente, não existe absolutamente nenhuma conexão entre a Feri e esta tradição denominada 'Galesa hereditária'.





Linhagem



Victor H. Anderson nasceu em 21 de maio de 1917 em Clayton, Novo México. Disse ele ter sido o primeiro iniciado em 1926. Como isso teria ocorrido aos nove anos de idade, não estou certo em como melhor avaliar esta alegação. Permanece, contudo, como um fato inquestionável de que ele tenha trabalhado com um grupo chamado Harpy Coven no sul do Oregon, na Costa do Oeste dos Estados Unidos durante os anos 30. A neta de uma mulher do coven original reestabeleceu contato com a Tradição Feri moderna. A ênfase do Harpy Coven era feita sobre os poderes psíquicos, contatos diretos com os Deuses, comunhão sexual, e uma exposição da hipocrisia do Cristianismo exotérico. Naquele tempo eles viam a bruxaria nem tanto como uma 'religião da natureza', mas como uma religião ocultista. A ênfase era menor na deusa da terra e maior na deusa da lua. Os leitores que querem saber mais da espantosa apresentação do próprio Victor devem ler sua entrevista no livro People of the Earth, de Ellen Evert Hopman e Lawrence Bond (Destiny Books, EUA, 1996), onde ele preenche um capítulo inteiro.

No final dos anos 60, o filho adolescente de Victor, Elon, trouxe para casa um colega de escola chamado Thomas Delong. Seu encontro com Victor provou ser importante, como este jovem iria mais tarde contribuir em muito com a tradição e a Arte como um todo, sob o nome de 'Gwydion Pendderwen' (Pendderwen, pronunciado 'Pen-THERE-wen'), do galês para 'cabeça/chefe/senhor do carvalho'). Gwydion começou a publicar a revista Nemeton nos anos 70, um selo de qualidade de publicações da Arte por décadas, também gravando canções para a Antiga Religião, o primeiro álbum musical no mundo dedicado nesta matéria. Gwydion também foi o editor da primeira edição de Thorns of the Blood Rose, uma coleção de poemas de Victor. Gwydion, que deixou uma carreira de publicitário em Oakland, Califórnia, para uma existência como ermitão, sem eletricidade ou encanamento, nas colinas do Condado de Mendocino em 1976. No início dos anos 80, ele faleceu em um infeliz acidente automobilístico. Os leitores que desejam saber mais sobre este cantor talentoso, bruxo dedicado e brilhante celticista, devem ler a entrevista com sua antiga cônjuge, Anna Korn, no livro acima mencionado de Hopman e Bond. Outros nomes famosos da tradição Feri são as autoras Starhawk, M. Macha e Francesca De Grandis. 

Por que Feri? Como mencionado acima, a Tradição Feri não é especialmente interessada em fadas. Se é assim, qual a razão do nome ter sido tão fortemente abraçado pela tradição? E por que Victor Anderson eventualmente anunciou 'Feri' como sendo a grafia 'correta'? Estas são questões difíceis responder, não por causa de falta de respostas, mas muito mais devido à riqueza de facetas relevantes nas respostas. Primeiramente, Victor desejava um homófono para 'faery', que seria imediatamente reconhecido como distinto, possivelmente de origem exótica lingüisticamente, e esperançosamente que carregasse algum ar selvagem ou primitivo. Em meu ponto de vista, ‘Feri' tem sido bem sucedida em todas as metas! Em segundo lugar, em relação à grafia, existe uma matéria que chamo de 'lingüística esotérica', um campo em que Victor possuía um talento especial, e no qual este escritor também tem especialidade. Deixando de lado esta discussão para algum ensaio futuro, já que espaço presente não permite a divagação, posso dizer que, esotericamente, Feri é composto de dois elementos: 'Fe', indicando um ser mágico ou espiritual, e ‘ri', indicando realeza. Lembra-se claramente o eufemismo paliativo irlandês para as fadas - Gentry - a Pequena Nobreza. No trabalho monumental de Evans-Wentz, The Fairy Faith in Celtic Countries (Oxford University, 1911), dentro do qual, devo assinalar o termo 'tradição das fadas', aparece literalmente centenas de vezes (ele observa que a 'aristocracia ' dentre as fadas Irlandesas são como um quadro vivo idealizado, eterno, da nobreza guerreira pré-Cristã da Irlanda, completada com bardos e druidas). Ele também nota outro caminho na crença das fadas ao longo das áreas célticas, a de que as almas dos mortos (ou algumas delas) podem ser (e têm sido) encontradas em Faeryland, morando entre a Pequena Nobreza (Gentry) como um deles.

A natureza desta relação entre o passado pagão, o ‘Outro Mundo’ faérico, e o pós-vida humano é feito explícito nas fontes mais antigas das lendas irlandesas; textos tais como o Dindsechas (lore relativo a locais), o Lebor Gabala (Livro das Invasões) e o Acallamh na Senorach (Colóquios dos Anciões). Neles aprendemos que depois que o Milesianos derrotaram os Tuatha de Danaan e assumiram o domínio da Irlanda, os Tuatha de Danaan aceitaram o exílio. Eles não foram exilados da Irlanda, mas da superfície da Irlanda, concordando em morar sob os sidhe ou montículos, especificamente os grandes montículos de tumbas megalíticas. Os maiores dos Tuatha repartiram os melhores montículos entre eles. Estes sidhe eram considerados, depois disso, como se fossem palácios subterrâneos ou cidades soberanas sob o reinado específico destes seres divinos das lendas pagãs até que eventualmente a palavra sidhe se tornasse a palavra para as fadas.

Através das lendas, é sempre implicitamente compreendido de que estes sidhes sejam tumbas, sepulcros, a entrada para o mundo dos espíritos dos mortos. Igualmente implícito fica que os reis e rainhas da antiga raça mágica de Danaan são os deuses do paganismo irlandês. Portanto, a chave explicativa é de que os Antigos Deuses são os regentes de Faeryland, que é propriamente o ‘Outro Mundo’, ou o Pós-Vida. Logo, a Pequena Nobreza (Gentry) são os Fe-ri ou Feri, os Espíritos Régios. Mas, mais cedo ou mais tarde, nós humanos teremos igualmente os nossos próprios destinos na vida após a morte. Expandindo sobre estes temas, a tradição Feri nos ensina que podemos ser diferentes dos deuses eldritch em estação, fama ou poder, mas mesmo assim somos, em última instância, idênticos em essência ou tipo! Assim, contar consigo mesmo entre os Feri é como contar consigo mesmo entre os Deuses.

Outra importante luz que brilha na questão "Por que Faery?" poderia ser a inteira matéria sobre como a bruxaria cruza com o que às vezes se chama ‘culto das fadas’ na Escócia. Qualquer um que seja levemente familiarizado com as perseguições das bruxas européias e seus registros sobreviventes de julgamentos, deve estar ciente de que a influência da crença das fadas no conteúdo dos relatos escoceses alcança grandes proporções, mais do que em qualquer outro local. Na Escócia, ser acusado de qualquer interação com o 'povo sob as colinas' era considerado sinônimo com a prática de bruxaria e, em uma grande extensão, o contrário freqüentemente era considerado verdadeiro, isto é, se você praticasse bruxaria, você deveria estar tendo contato com os denizens de Elphame ou a casa dos elfos sob os montículos sidhe. A Rainha de Elphame é uma figura que aparece periodicamente nos registros escoceses. A Dra. Margaret Murray era convencida de que muitas das crenças de fadas e das práticas propiciatórias (como deixar leite ou água de banho disponível à noite) outrora desenfreadas através da Escócia, tinham suas bases, não em um medo de espíritos da natureza, mas muito mais por conta da co-existência da cultura escocesa dominante com uma cultura reservada, empobrecida, nômade, pagã, mais antiga e deslocada. Na Escócia, o povo deslocado e óbvio candidato seria o dos pictos. A. D. Hope, em seu fascinante livro sobre o culto das fadas A Midsummer Eve's Dream - Variations on a theme by William Dunbar (Viking Press, USA, 1970), argumenta que existia uma instituição escocesa de mulheres que se encontravam em certas noites para apreciar sua própria companhia, fora dos rigores das fobias de prazer Cristão do mundo diurno - tudo sob o disfarce de fadas vestidas em verde, assim como ele propõe ser o caso no poema de Dunbar, The Two Meryt Women and the Wedo.

Ecoando um pouco do conhecimento exposto no livro de Paul Huson, Mastering Witchcraft (Rupert Hart-Davies, 1970), Victor Anderson me ensinou que nossa bruxaria vem dos pictos, que ele freqüentemente preferia chamar "os pequenos e escuros", e o descrevia como tendo vindo para as Ilhas britânicas provenientes da África. De fato, ele mantinha que toda bruxaria real descende da "nossa antiga raça, a pequena e escura”. Desta perspectiva, ele via as bruxas que não reconheciam isto como sendo uma das seguintes opções: a) bruxas que haviam esquecido este fato ao longo dos longos séculos, ou b) que não eram bruxas realmente. Os pequenos e escuros eram os que foram ensinados na bruxaria pelos Deuses - não somente a Deusa e seu Consorte, mas também pelos 'Deuses dos Espaços Exteriores'; seres que são contatados através de viagens espirituais através de seus respectivos Poços. Estes Poços alcançam toda a distância para baixo, ao passado, as verdadeiras fundações da realidade e dentro dos Mares Exteriores do espaço ou da noite. Nisso, Senhores dos Espaços Exteriores são equivalentes aos Guardiões ou os Nephilim de algumas tradições da Antiga Arte, os anjos caídos que não só acasalaram com o mães primordiais do gênero humano, espalhando a raça semi-divina das fadas ou bruxas, como também as instruíram nas ciências e conhecimentos transcendentais, assim como o conhecimento de seus nomes, seus sinais, seus poços, e os sinais de seus poços são peculiares da tradição Feri.

Enquanto os pictos são historicamente um beco sem saída obscuro para a maioria do povo das Ilhas britânicas, eles eram definitivamente obscuros em Memphis, Tennessee, em 1971, quando Victor me contou sobre estas coisas. Mas, por conta de suas ligações com a bruxaria, eventualmente vim a fazer um estudo prolongado e minucioso de tudo que é conhecido ou especulado sobre este povo antigo. Como resultado de minha pesquisa, simultânea à minha atividade de portador ou professor da bruxaria da tradição Feri, a descobri necessária para distinguir em todas as discussões, sobre os pictos históricos, que eram aparentemente cristãos através do período inteiro de seus registros materiais (isto é, os séculos em que eles esculpiram pedras com os símbolos sobreviventes, a única sobra conhecida de sua cultura), desaparecidos como uma entidade política no Século IX da Era Comum, e os legendários pictos, a raça acima descrita, de herdeiros da sabedoria eldricth, de fora do mundo. É sobre estes últimos que o autor Robert E. Howard (criador de Conan o Bárbaro) escreveu: 'E existia um certo temor, também, não pelas suas qualidades de luta, mas pela feitiçaria que todo o povo firmemente acreditavam que os pictos possuíam...e mais, que os próprios pictos firmemente acreditavam que eles mesmos eram bruxos.'


Alguns "Segredos" da Tradição Feri

Como indicado no início deste artigo, acredito que ele enriquecerá o verdadeiro corpo da bruxaria se oferecido ao seu estudo alguns textos que são peculiares à Feri. Penso que a boa reputação da The Cauldron como um veículo principal aos estudos da bruxaria tradicional justifica minha decisão. Embora esteja ciente de que alguns membros da tradição Feri possam ficar chocados pelas minhas revelações, possuo senhoridade sobre quase todos eles, e faço referência a eles em minha tese no cabeçalho deste artigo. O material abaixo pode ser listado como A Yezedi Fragment (Um Fragmento Yezedi), The Circle Sealing (O Selamento do Círculo), e The Darksome Spells of Yore (Os Feitiços Sombrios de Yore).


Fragmento Yezedi

Enquanto a cerimônia de iniciação da Feri encerra muitos elementos que seriam familiares para os Gardnerianos, existe também um punhado de sub-partes bastante incomuns, geralmente de um tempero ligeiramente macabro ou Luciferiano. Um destes acontece no princípio. De fato as primeiras palavras ouvidas (ou 'ouvidas ao acaso') pelo iniciado vendado ao ser trazido na câmara são um trecho do diálogo entre a Deusa e o Deus [Obs: um pequeno equívoco é que, este diálogo, não se trata entre a Deusa e o Deus, mas, sim, entre o anjo Tubalcain e a dama Naamah, a qual lhe convida para adorar o Deus Cornífero do Triunfo Dionysos do qual Tubalcain era profeta ou adivinho], um fragmento que é dado aqui:

Deusa: "Why art thou fallen into sorrow, O Malik?"
(Por que caíste em tristeza, Oh Malik)
Deus: "It repenteth me that we have made man in our image"
(Me arrependi de termos feito o homem à nossa imagem)
Deusa: "Because our lord of the painted fan is proud, let us worship him."
(Porque o Nosso Senhor de leque pintado está orgulhoso, vamos adorá-lo)


Selando o Círculo

Após desenhar o Círculo no sentido horário do Norte com: "Pela Terra que é Seu corpo, pelo Ar que é Seu hálito, etc", então acontece a passagem de finalização que é peculiar na Feri:

“By the power of thirteen times thirteen, I draw down the moon,
(Pelo poder dos treze vezes treze, eu trago a lua para baixo)
My knife has drawn the circle round,
(Minha faca desenhou o círculo ao redor)
My feet have walked the holy ground,
(Meus pés caminharam o solo sagrado)
Let those within the airy wheel,
(Possam aqueles dentro da roda de ar)
Bear witness to my magick seal [pentagram],
(Serem testemunhas de meu selo mágico [pentagrama])
And those without be turned about,
(E aqueles que não foram girados [dentro da roda de ar])
And never hear my final shout:
([Que eles] Nunca ouçam meu grito final:)
'By which eye?' [whispered] “
(‘Por qual olho?' [Sussurrado])

A linha final cochichada é uma ameaça que se refere à lenda da parteira humana que, acidentalmente, enquanto cuidava de um bebê-fada recém nascido, toca seu próprio olho com um unguento proibido, fazendo com que ela veja que a 'câmara real' não é nada mais do que uma rude caverna, isto é, que ela estava sob um glamour de fadas. Alguns anos mais tarde, quando ela se dirige ao pai da criança-fada no mercado público, ele pergunta a ela sobre qual dos olhos ela consegue vê-lo. Quando ela responde, ela fica imediatamente cega daquele olho.


Os Encantamentos Sombrios de Yore

Aqui está um fascinante trecho que é recitado por todos, segurando-se as mãos, no começo do ritual de lua cheia:

By the darksome spells of Yore,
(Pelos sombrios encantamentos de Yore)
I cross the river, dark and cool,
(Eu cruzo o rio, escuro e frio)
To touch the night-enchanted shore,
(Para tocar a orla encantada pela noite)
And gaze into the starry pool –
(E vislumbrar dentro da poça estrelada)
There to feel the swift caress,
(Ali para sentir a rápida carícia)
Of satyr hot with satyress,
(Do quente sátiro com a sátira ou ninfa)
I feel the dark red lust that moves,
(Eu sinto o desejo vermelho e escuro que se move)
Under valleys, fields and groves,
(Sob vales, campos e bosques)
By the holly three-times-three,
(Pelo Azevinho três vezes o três)
As is my will so mote it be! [say thrice.]”
(Assim é meu Desejo, então que assim se faça! [dizer três vezes])